segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Cientistas conseguem reverter leucemias em ratos utilizando manipulação genética.

  Um estudo publicado na revista Genes & Development diz que um determinado tipo de leucemia conseguiu ser potencialmente impedido de se desenvolver em ratos, por meio de manipulação genética. Revertendo o efeito do gene chamado Pax5, a doença entrou em estado de remissão. O gene é o mesmo responsável por permitir o desenvolvimento da leucemia linfoide aguda, ou LLA, tanto em ratos quanto em humanos. O Pax5 é um tipo de gene supressor de tumores, regulando a duplicação de células, o que pode inibir o surgimento de tipos de câncer e seus estados de metástase. Com o gene desativado, as células sanguíneas não se desenvolviam, dando origem à doença. A leucemia linfoide aguda ataca a medula óssea do paciente, fazendo com que esta produza linfócitos imaturos, incapazes de agir na defesa do organismo.

                                             Pesquisadores Dr Ross Dickins e Grace Liu
Foto:Walter and Eliza Hall Institute.

  Para investigar o papel do Pax5 na LLA, pesquisadores do Instituto Walter e Eliza Hall adotaram um método de reversão de genes chamado de “interferência do RNA”, suprimindo o efeito do gene na medula das cobaias. Sem o efeito do gene, todos os ratos desenvolveram LLA; em seguida, o gene foi reativado, e a doença entrou em estado de remissão. “Além de outras pequenas alterações genéticas, desativar o Pax5 fez com que células sanguíneas normais transformassem-se em células de leucemia; no entanto, reativar o gene fez com as células resumissem seu desenvolvimento normal, abandonando seu estado cancerígeno e efetivamente curando a leucemia. O intrigante está em perceber que apenas reestabelecer a ação do gene fora o suficiente para normalizar por completo a condição das células cancerígenas”, disse a líder da pesquisa, Grace Liu.
  A leucemia linfoide aguda é o câncer mais comum em crianças, sugerindo que a deficiência do gene seja uma mutação particular de cada paciente durante sua formação. Forçar a atuação do gene, por consequência forçando as células cancerígenas a voltar a seu estado saudável pode ser o princípio da criação de novos tratamentos, numa tentativa de evitar com que os pacientes sofram os fortes efeitos colaterais dos tratamentos atuais. “Ao entender os mecanismos com que o Pax5 age no desenvolvimento da leucemia, podemos começar a buscar maneiras de desenvolver drogas que tenham o mesmo efeito do gene”, concluiu o Dr. Ross Dickins, envolvido na pesquisa.


Fonte:http://www.iflscience.com/health-and-medicine/researchers-use-genetic-switch-reverse-leukemia-mice

sábado, 22 de agosto de 2015

Tecido mamário rígido em obesas pode elevar risco de câncer

Por: Jocelyn Kaiser


 A direita: tecido da mama de camundongos obesos tinha fibras colágenas mais reto do que o tecido de ratos magros, uma diferença que pode promover o crescimento do câncer.

  Há muito tempo se sabe que a obesidade torna as mulheres mais propensas ao câncer de mama, mas as razões não são claras. Agora pesquisadores descobriram que o tecido que envolve células do seio é mais “rígido” em ratos e mulheres obesos, e que essa diferença no tecido de roedores estimula o aumento de células cancerígenas. Para mulheres, o estudo aponta que perder peso pode remodelar o tecido de gordura e diminuir as chances de desenvolver câncer. Por outro lado, a prática cada vez maior de usar a gordura de mulheres obesas para cirurgia de reconstrução de seus seios pode apresentar um risco que tem sido negligenciado até agora.
  A obesidade é em geral associada ao câncer, mas a ligação com o câncer de mama é especialmente surpreendente: em um grande estudo recente, as mulheres mais acima do peso apresentaram 58% mais riscos do que mulheres com peso normal. Uma explicação é que tecido de gordura produz estrogênio que pode alimentar o crescimento de células cancerígenas no seio depois da menopausa, quando os ovários param de fabricar estrogênio. Mas os mecanismos da armação que envolve as células do seio — a matriz extracelular — também podem ter sua importância.
 Estudos recentes com ratos descobriram que uma matriz extracelular mais rígida desencadeia a produção de proteínas que promove o crescimento de células cancerígenas no seio. Isso pode ajudar a explicar porque mulheres com seios densos também apresentam maior risco de desenvolverem câncer de mama. Outros estudos mostraram que quando as pessoas se tornam obesas, seus tecidos de gordura tende a construir bolsos fibrosos, como cicatrizes.
  Esses estudos não examinaram diretamente se esses bolsos fibrosos afetam uma rigidez local do tecido do seio, e se essas mudanças levam a um crescimento do câncer. Para explorar essa questão, uma equipe liderada pela engenheira biomédica Claudia Fischbach, da Universidade de Cornell, primeiro mostrou que ratos obesos fêmeas, devido à genética ou a uma dieta com muita gordura, tinham mais camadas de gordura mamária com fibras mais lisas de colágeno do que aquelas vistas em ratos magros. Testes mecânicos mostraram que essas fibras mais lisas refletiam uma matriz extracelular mais dura entre células do seio. Os pesquisadores também descobriram um excesso de miofibroblastos, um tipo de célula envolvida em cicatrização de feridas que modela a estrutura de colágeno e outras proteínas da matriz. Quando a equipe de Cornell cultivou células cancerígenas de câncer humano de mama na matriz depositada por células derivadas da gordura de ratos obesos, as células de câncer aumentaram mais rápido do que fizeram na matriz das células de ratos mais magros.
  Os pesquisadores descobriram diferenças estruturais similares em biopsias em tecidos de gordura de seios de mulheres obesas e magras, relataram na Science Translational Medicine. Os resultados sugerem que os bolsos de matriz mais rígida extracelular em seios de mulheres obesas contribuem para o crescimento do tumor assim como câncer mais agressivos, diz Fischbach: “As pessoas sempre acham que tudo se trata de fatores solúveis, químicos. Essa interação também tem a ver com parâmetros físicos.”
  As notícias não são más: quando a equipe de Fischbach colocou ratos obesos numa dieta, seus tecidos mamários de gordura tinham menos miofibroblastos, sugerindo que a perda de peso poderia tornar a estrutura do tecido de gordura de uma mulher mais normal e diminuir seu risco de desenvolver câncer. Ao mesmo tempo, o estudo levanta questões sobre o uso da gordura de uma mulher de outra parte de seu corpo para reconstruir seus próprios seios depois de uma mastectomia. Tecido gorduroso de uma mulher obesa pode aumentar o risco de volta do tumor, sugere Fischbach.
  A bioquímica Valerie Weaver da Universidade da Califórnia, San Francisco, que conduziu estudos anteriores ligando a rigidez de tecidos ao crescimento do câncer de mama, diz que o relatório é “muito importante” porque descobre um novo mecanismo ligando a obesidade com o câncer de mama. Mamografias normalmente não conseguem detectar tecidos densos em mulheres obesas porque é escondido por células de gordura, diz Fischbach. Os pontos pequenos e localizados de tecido rígido encontrados no novo estudo não devem ser alcançados, ela acrescenta. Então novos métodos de detecção podem ser necessários para diagnosticar esses potenciais pontos quentes geradores de câncer.


Fonte: http://news.sciencemag.org/health/2015/08/stiff-breast-tissue-obese-women-may-raise-cancer-risk

terça-feira, 18 de agosto de 2015

GABARITO DO SIMULADO MÓDULO 1 : ORGANISMO


1-D  2-A  3-D  4-B  5-D  6-B  7-D  8-D  9-D  10-A  11-E  12-C  13-E  14-E  15-A  16-E  

17-C 18-E  19-ANULADA   20-C   21-B   22-B   23-E   24-A   25-B   26-D   27-C  

 28-A  29-E  30-D   31-B   32-A  33-B   34-B   35-A   36-B     37-C  38-D  

39-C    40-D     41-B     42-A    43-A  44-D   45-A

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Entendendo mais sobre a Diabetes



O que é a Diabetes ?

 É uma doenças crônica na qual o corpo não produz insulina (hormônio produzido pelas células betas do pâncreas que controla a quantidade de glicose no sangue. É responsável por retirar a mesma de circulação e sinalizar o armazenamento na forma de glicogênio)  ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz.

Tipos:

Mellitus 1:O sistema imunológico ataca equivocadamente as células betas,levando a baixa ou nenhuma liberação de insulina para o corpo. É considerada uma doença autoimune e concentra de 5 a 10 % do total de pessoas com a doença.
Aparece geralmente na infância,mas pode ser diagnosticada em adultos também. É tratada com insulina, medicamentos,planejamento alimentar e atividades físicas para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue. 

Mellitus 2: O corpo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia no sangue.  É o tipo mais comum, aparecendo em 90% das pessoas com a doença. Aparece mais frequentemente em adultos e pode ser controlada com atividade física e planejamento alimentar,porém em alguns casos exige o uso de insulina e medicamentos. Algumas pessoas desenvolvem um processo autoimune e acabam perdendo células betas do pâncreas. 

Gestacional: É uma condição temporária que acontece durante a gravidez e afeta 2 a 4% do total de gestantes e implica em risco para o desenvolvimento posterior para a mãe e o bebê. Durante a gravidez a mulher passar por mudanças em seu equilíbrio hormonal. A placenta é uma fonte importante de hormônios que reduz a ação da insulina, em consequência o Pâncreas aumenta a produção de insulina para compensar esse quadro. Porem em algumas mulheres esse processo não ocorre e a mesma desenvolve um quadro de diabetes gestacional, onde se há o aumento de glicose no sangue devido ao pâncreas não conseguir compensar.

Insipidus: É um distúrbio na produção do hormônio ADH pelo rim que acarreta no descontrole de água no organismo, onde o rim não consegue reter adequadamente a água que é filtrada levando a um aumento no volume de urina (poliúria) diário. 

Fatores de risco: 

-Influência genética
-Pressão alta
-Obesidade
-Colesterol alto
-Sedentarismo
-Diabetes gestacional prévia

Sintomas: 

-Aumento no volume urinário
-Aumento de sede e fome
-Perda de peso
-Visão turva
-Fraqueza
-Dificuldade na cicatrização de feridas
-Formigamento nos pés


Complicações:

-Cegueira
-Amputação
-Hipertensão

Prevenção:

-Exercícios físicos pelo menos 3x na semana
-Alimentação balanceada
-exames periódicos

Fontes: 

Sociedade Brasileira de Diabetes.  

Disponível em:

http://www.diabetes.org.br


Resúmenes sobre diabetes mellitus. Rev Cubana Med Gen Integr [online]. 2008, vol.24, n.4.

Disponível em:

http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-21252008000400013&lang=pt


OLIVEIRA, M. A.; ARAUJO, J. F. M.; MELRO, C. A. M.  and  BALBO, R. J.. Arq. Neuro-Psiquiatr. [online]. 1993, vol.51, n.4 pp. 554-559 . 

Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1993000400024&lang=pt