sexta-feira, 20 de novembro de 2015

"El Niño" muito forte deve elevar quedas de raios no

 Sudeste neste verão


Tempestade no rio em 2013. (Marcelo Carnaval)

por: Cesar Baima



  Um dos países mais atingidos por raios no mundo, com cerca de 60 milhões de descargas elétricas anuais, o Brasil deverá sofrer ainda mais com este fenômeno neste verão. Em um estudo inédito que relacionou a ocorrência de El Niños extremos, caracterizados por uma elevação da temperatura da superfície do Oceano Pacífico em mais de dois graus Celsius acima da média, como acontece desde julho, e o número de tempestades elétricas no país durante a estação desde 1950, pesquisadores do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) verificaram que a Região Sudeste e o estado do Mato Grosso do Sul devem esperar uma alta de 20% e 10% respectivamente na quantidade de tempestades com raios no verão 2015/2016 com relação ao ano passado.
Segundo os cientistas do Inpe, as análises indicam que enquanto a influência de um evento do El Niño moderado a forte, com anomalia da temperatura do oceano entre um e dois graus Celsius, no número de tempestades elétricas geralmente fica restrita à Região Sul, quando o aquecimento do Pacífico é maior a área afetada pelo aumento nos raios se estende até a faixa Centro-Sul do Brasil.
- A ideia de que o El Niño só provoca aumento das tempestades elétricas no Sul só é válida quando o evento é de moderado a forte – conta Osmar Pinto Júnior, coordenador do Elat. - Quando o evento é extremo, como estamos vendo desde julho, este cenário muda e a região atingida pela elevação na quantidade de tempestades elétricas se amplia para o Sudeste e parte do Centro-Oeste.
  Segundo Osmar, a alta esperada nas tempestades com relação ao ano passado é ainda mais significativa tendo em vista que seu número em 2014 já foi superior à média histórica registrada desde 1950. Além disso, dados da Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas (BrasilDAT) do trimestre agosto, setembro e outubro, já sob o efeito do El Niño extremo atual, confirmam esta tendência. Só no Sudeste, foram registradas 480 mil descargas elétricas atingindo o solo nestes três meses, contra 310 mil descargas no mesmo período de 2014, um aumento de 52%. Já no Sul, a elevação ficou em 60% no mesmo período de comparação.
- Apesar de serem relativos ao período de transição entre inverno e primavera, que não foi o foco de nosso estudo, a proximidade entre estes dois valores são condizentes com a observação de que a influência de um El Niño extremo sobre os raios se estende para além da Região Sul e tem impacto significativo também no Sudeste – destaca.
  De acordo com Osmar, a previsão deve servir de alerta para a população ficar mais atenta para as tempestades elétricas e se prevenir de possíveis ferimentos e prejuízos causados por elas. Ele conta que só no último domingo o grupo recebeu relatos de pelo menos três mortes provocadas por raios no país, duas no Paraná e uma em Brasília. Entre as recomendações dos especialistas está evitar falar ao telefone fixo (com fio) e não permanecer em locais abertos e descampados, praias ou dentro da água durante um tempestade elétrica.
-Este verão será um teste de nossos esforços para comunicar a população sobre os riscos e perigos das tempestades elétricas – considera Osmar. - Vamos ver o que vai acontecer, mas nossa esperança é que mesmo com mais tempestades e raios, a população se proteja mais e tenhamos uma diminuição no número de mortes neste verão.


Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/el-nino-muito-forte-deve-elevar-quedas-de-raios-no-sudeste-neste-verao-18065033



domingo, 27 de setembro de 2015

Meta do Brasil é reduzir emissão de gases em 43% até 2030, diz Dilma


Dilma anuncia meta de redução de gases (foto: Timothy ª Clary/AFP)


 A presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo (27), na Cúpula da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que o Brasil tem a meta de reduzir em 43% a emissão de gases do efeito estufa até 2030. O ano base, segundo ela, é 2005. "Será de 37% até a 2025 a contribuição do Brasil para a redução de emissão de gases do efeito estufa e para 2030 a nossa ambição é de redução de 43%", afirmou a presidente em discurso na sede de ONU, em Nova York. Esta é a proposta que o Brasil deve levar para a cúpula do clima de Paris, a COP 21, a ser realizada em dezembro.
 Para Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, o anúncio é uma indicação positiva, mas ainda com um grau de ambição insuficiente. "Se comparar com outros países que são grandes emissores, o Brasil é um dos que está se propondo a fazer mais. Mas se comparar com o que o país tem de potencial de redução de emissões, com a nossa responsabilidade e com a urgência, poderíamos ser mais ambiciosos", afirmou. Se as propostas dos países para 2030 anunciadas até o momento forem concretizadas, o planeta ainda deve chegar a um aquecimento entre 3ºC e 4ºC, segundo estimativas. Para o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), o ideal seria de limitar o aquecimento global a 2ºC.
 A proposta brasileira, apesar de ser melhor do que a dos outros grandes emissores do mundo, não está em compasso com o que seria necessário para atingir a meta proposta pelo IPCC. Para Rittl, o anúncio "ainda não assegura que o Brasil esteja fazendo tudo o que pode para limitar o aquecimento global a 2ºC e mostra que o país não está explorando todo o potencial de redução de emissões com ganhos econômicos, seja na restauração florestal, na agricultura de baixo carbono e no investimento em energias renováveis".
Levando em conta que o total de emissões em 2005 foi de 2,03 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, a meta representaria emitir 1,28 bilhões de toneladas em 2025 e 1,15 bilhões de toneladas em 2030.

Combate ao desmatamento
 A presidente também detalhou metas do país no combate ao desmatamento e no reflorestamento de áreas degradadas. "Até 2020, o Brasil pretende: primeiro, o fim do desmatamento ilegal no país. Segundo, a restauração e o reflorestamento de 12 milhões de hectares. Terceiro, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradas. Quarto, a integração de 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-floresta", disse a presidente.
 Para Rittl, limitar a meta ao fim do desmatamento ilegal é um ponto preocupante do anúncio. "Significa que teremos que conviver com esse crime ambiental por muito tempo. O Brasil é o único país no mundo de renda média que convive com uma alta taxa de desmatamento e com muita ilegalidade." Ele lembra que 15 estados brasileiros que tem Mata Atlântica se comprometeram a zerar o desmatamento ilegal em 2018, muito antes do que o governo federal se propõe a fazer no âmbito nacional.
 Durante seu pronunciamento, a presidente enfatizou a importância da COP 21. “A Conferência de Paris é uma oportunidade única de construirmos uma resposta comum ao desafio global de mudanças do clima. O Brasil tem feito grande esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa sem comprometer nosso desenvolvimento econômico e nossa inclusão social", afirmou Dilma, que fará o discurso de abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas nesta segunda-feira (28).

Fontes renováveis
 No discurso, Dilma citou também metas do Brasil para a área de energia. Um dos objetivos, segundo ela, é estabelecer um limite de 45% de fontes renováveis no total da matriz energética.
 "Na área de energia, também temos objetivos ambiciosos. Primeiro, a garantia de 45% de fontes renováveis no total da matriz energética [...] Segundo, a participação de 66% da fonte hídrica na geração de eletricidade. Terceiro, a participação de 23% das fontes renováveis, eólica, solar e biomassa, na geração de energia elétrica. Quarto, o aumento de cerca de 10% na eficiência elétrica. Quinto, a participação de 16% de etanol carburante e demais fontes derivadas da cana-de-açúcar no total da matriz energética", detalhou a presidente.
 "As adaptações necessárias frente à mudança do clima estão sendo acompanhadas por transformações importantes nas áreas de uso da terra e florestas, agropecuária, energia, padrões de produção e consumo", continuou Dilma. "O Brasil assim contribui decisivamente para que o mundo possa atender às recomendações do painel de mudança do clima, que estabelece limite máximo de 2°C de aumento de temperatura neste nosso século", concluiu a presidente.

Hidrelétricas
 Após o discurso, a presidente deu entrevista coletiva para explicar as metas do Brasil para o meio ambiente. Ao ser questionada sobre problemas na construção das hidrelétricas de Belo Monte e de entraves para o leilão da usina de São Luiz do Tapajós, que enfrenta resistência de povos indígena, Dilma disse que o Brasil não está pronto "ainda" para abrir mão da energia de hidrelétricas. Ela admitiu falhas, mas enfatizou que elas não farão o governo desistir de conciliar geração de energia com preservação ambiental.
 “O Brasil não pode abrir mão da hidreletricidade ainda. Ele abrirá quando ele ocupar o potencial que ele tem para ocupar. Ele terá de abrir e aí nós estaremos diante dos mesmos desafios que os países desenvolvidos estão, colocar o que no lugar? Tem gente que coloca no lugar as fontes físseis [como as de material nuclear]. Eu espero que até lá tenham desenvolvido mais tanto a solar quanto a eólica”, disse a presidente.
 "Nós temos feito um imenso esforço para compatibilizar a geração de energia com a preservação ambiental. Tem falha?Ah, não tenha dúvida que tem, mas o fato de ter falhas não significa que a gente vai destruir esse processo, pelo contrário, a gente tem de reconhecê-las e melhorar. Agora, não se iluda, tem falhas em qualquer construção de qualquer projeto", concluiu Dilma.

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/meta-do-brasil-e-reduzir-emissao-de-gases-em-43-ate-2030-diz-dilma.html



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Professor da USP diz que Brasil é muito vulnerável a mudanças climáticas




  A estiagem que prejudica a geração de energia e o abastecimento de água de diversas cidades mostra a vulnerabilidade do país às mudanças do clima. A análise é do professor do Instituto de Energia e Ambiente, da Universidade de São Paulo (USP), Oswaldo Lucon. O especialista é um dos responsáveis pelo relatório Oportunidades e Desafios para Aumentar Sinergias entre as Políticas Climáticas e Energéticas no Brasil, divulgado hoje (21) pelo World Resources Institue (WRI).Somos um país muito vulnerável às mudanças climáticas. Estamos reconhecendo isso. A vulnerabilidade hídrica não é só no abastecimento, mas também na produção de energia e bioenergia”, disse Lucon. Por isso, o professor destacou a importância do país em se empenhar para reduzir a emissão de gás do efeito estufa. “Precisamos diversificar bastante nossa matriz e buscar uma rota de transição para uma matriz limpa.”
 De acordo com o relatório do WRI, o Brasil deve aumentar a participação de fontes poluentes na matriz energética nos próximos anos. O documento mostra que mais de 70% dos investimentos previstos para o setor de energia no país entre 2013 e 2022 devem ser feitos em fontes com altas emissões de gases do efeito estufa, especialmente combustíveis fósseis. Segundo o professor, é preciso fazer um planejamento para substituir os derivados de petróleo como fonte de energia. “É até tolerável que se utilize combustíveis fósseis, mas isso precisa ter prazo de validade. Precisamos ter uma estratégia que nos desvencilhe desse perigoso vício, climaticamente falando, de ficar preso a essas fontes, não investir em estratégias que aumente a eficiência e a descarbonização da matriz”, afirmou Lucon.
 Diretora executiva da WRI, Rachel Biderman defendeu a eficiência energética como primeira ação a ser tomada para reduzir as emissões. “Grande parte do consumo de energia pode ser evitado por medidas simples”, acrescentou. Segundo ela, essas medidas incluem desde a simples economia até o uso de equipamentos e processos mais avançados. Sem apresentar uma proposta consistente de redução da emissão de poluentes, Rachel disse acreditar que a posição brasileira perderia força na 21ª Conferência do Clima (COP 21). Enfraquece, porque resolver o problema das mudanças climáticas, que hoje é o maior problema do planeta, depende em grande parte de como produzimos energia. O Brasil é o sétimo maior emissor desses gases que causam o aquecimento global.”
  O encontro ocorre em dezembro em Paris. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o principal objetivo do Brasil na COP é garantir um compromisso entre os países para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, reduzindo o aquecimento global e limitando o aumento da temperatura em 2ºC até 2100. Para o professor Lucon, outra medida de curto prazo importante é que, no futuro, todo planejamento urbano e de infraestrutura leve em consideração a redução de emissões.“Quando criamos rodovias e não ferrovias e hidrovias, engessamos a infraestrutura sobre essa opção. Quando as cidades estão consolidadas, é muito difícil abrir metrô.”
 Conforme a diretora da WRI, os investimentos públicos também precisam ser direcionados para fomentar o uso de energias mais limpas. “Subsidiamos com dinheiro público o consumo de combustível fóssil. Precisamos trocar, inverter essa chave. Vamos pegar esse dinheiro público usado no consumo de energia suja e investir na energia limpa”, concluiu.


Fonte:http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2015/09/21/professor-da-usp-diz-que-brasil-e-muito-vulneravel-a-mudancas-climaticas-2/

domingo, 6 de setembro de 2015

Exercícios de Interações Ecológicas e Ciclos Biogeoquímicos


1- (UFMG) O fungo Penicillium, por causar apodrecimento de laranjas, acarreta prejuízos pós-colheita. Nesse caso, o controle biológico pode ser feito utilizando-se a levedura
Saccharomycopsis, que mata esse fungo, após perfurar sua parede e absorver seus nutrientes.
É CORRETO afirmar que esse tipo de interação é conhecido como

a) comensalismo
b) mutualismo.
c) parasitismo.
d) predatismo.

2-(ENEM 2014)Os parasitoides (misto de parasitas e predadores) são insetos diminutos que têm hábitos muito peculiares: suas larvas podem se desenvolver dentro do corpo de outros organismos, como mostra a figura. A forma adulta se alimenta de pólen e de açúcares. Em geral, cada parasitoide ataca hospedeiros de determinada espécie e, por isso,esses organismos vêm sendo amplamente usados para o controle biológico de pragas agrícolas.


A forma larval do parasitoide assume qual papel nessa cadeia alimentar?

a)Consumidor primário, pois ataca diretamente uma espécie herbívora.
b) Consumidor secundário, pois se alimenta diretamente dos tecidos da lagarta.
c) Organismo heterótrofo de primeira ordem, pois se alimenta de pólen na fase adulta.
d) Organismo heterótrofo de segunda ordem,pois apresenta o maior nível energético da cadeia.
e) Decompositor, pois se alimenta de tecidos do interior do corpo da lagarta e a leva à morte.


3-(UERJ 2009) Na natureza, são frequentes os exemplos de relações benéficas entre indivíduos, mesmo de espécies diferentes, como é o caso do caranguejo paguro e da anêmona.
O caranguejo aumenta sua proteção vivendo em conchas abandonadas e permitindo que anêmonas - produtoras de substância urticante contra predadores - se depositem nelas. As anêmonas, por sua vez, ganhando mobilidade, capturam melhor os alimentos.
O tipo de interação descrita é denominada:
(A) colônia
(B) sociedade
(C) amensalismo
(D)protocooperação


4-ENEM 2013)As fêmeas de algumas espécies de aranhas, escorpiões e de outros invertebrados predam os machos após a cópula e inseminação. Como exemplo, fêmeas canibais do inseto conhecido como louva-a-deus, Tenodera aridofolia, possuem até 63% da sua dieta composta por machos parceiros. Para as fêmeas, o canibalismo sexual pode assegurar a obtenção de nutrientes importantes na reprodução. Com esse incremento na dieta, elas geralmente produzem maior quantidade de ovos.
BORGES, J. C. Jogo mortal. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado).
Apesar de ser um comportamento aparentemente desvantajoso para os machos, o canibalismo sexual evoluiu nesses táxons animais porque:
A) promove a maior ocupação de diferentes nichos ecológicos pela espécie .
B) favorece o sucesso reprodutivo individual de ambos os parentais.
C) impossibilita a transmissão de genes do macho para a prole.
D) impede a sobrevivência e reprodução futura do macho.
E) reduz a variabilidade genética da população.

5-Estudos de fluxo de energia em ecossistemas demonstram que a alta produtividade nos manguezais está diretamente relacionada às taxas de produção primária líquida e à rápida reciclagem dos nutrientes. Como exemplo de seres vivos encontrados nesse ambiente, temos: aves, caranguejos, insetos, peixes e algas.
Dos grupos de seres vivos citados, os que contribuem diretamente para a manutenção dessa produtividade no referido ecossistema são:

A) aves. B) algas. C) peixes. D) insetos. E) caranguejos.

6-Apesar de belos e impressionantes, corais exóticos encontrados na Ilha Grande podem ser uma ameaça ao equilíbrio dos ecossistemas do litoral do Rio de Janeiro. Originários do Oceano Pacífico, esses organismos foram trazidos por plataformas de petróleo e outras embarcações, provavelmente na década de 1980, e disputam com as espécies nativas elementos primordiais para a sobrevivência, como espaço e alimento. Organismos invasores são a segunda maior causa de perda de biodiversidade, superados somente pela destruição direta de hábitats pela ação do homem. As populações de espécies invasoras crescem indefinidamente e ocupam o espaço de organismos nativos.
LEVY, I. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 5 dez. 2011 (adaptado).
As populações de espécies invasoras crescem bastante por terem a vantagem de:
A) não apresentarem genes deletérios no seu pool gênico.
B) não possuírem parasitas e predadores naturais presentes no ambiente exótico.
C) apresentarem características genéticas para se adaptarem a qualquer clima ou condição ambiental.
D) apresentarem capacidade de consumir toda a variedade de alimentos disponibilizados no ambiente exótico.
E) apresentarem características fisiológicas que lhes conferem maior tamanho corporal que o das espécies nativas.

7-(UFPB) No texto a seguir, estão em negrito termos correspondentes aos diferentes NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO utilizados em biologia. Todos os indivíduos da mesma espécie animal que estavam vivendo na região ficaram ameaçados por diferentes bactérias que eram capazes de romper a barreira imposta pela pele, causando sérios danos aos organismos. Nesses casos a ação dos macrófagos conduzidos pelo sangue até o local da inflamação foi de suma importância. De acordo com a ordem em que esses termos aparecem no texto, os NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO utilizados são:

a) comunidade – organismo – tecida – tecido – sistema;
b) comunidade – célula – tecida – tecido – célula;
c) população – organismo – órgão – célula – tecido;
d) população – célula –tecida –célula –tecida;
e) comunidade – organismo – órgão – célula – sistema


8-O menor tamanduá do mundo é solitário e tem hábitos noturnos, passa o dia repousando, geralmente em um emaranhado de cipós, com o corpo curvado de tal maneira que forma uma bola. Quando em atividade, se locomove vagarosamente e emite som semelhante a um assobio. A cada gestação, gera um único filhote. A cria é deixada em uma árvore à noite e é amamentada pela mãe até que tenha idade para procurar alimento. As fêmeas adultas têm territórios grandes e o território de um macho inclui o de várias fêmeas, o que significa que ele tem sempre diversas pretendentes à disposição para namorar!
Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n. 174, nov. 2006 (adaptado).
Essa descrição sobre o tamanduá diz respeito ao seu:
A)hábitat.
B)biótopo.
C)nível trófico.
D)nicho ecológico.
E) potencial biótico.


9-Os personagens da figura estão representando uma situação hipotética de cadeia alimentar.


Suponha que, em cena anterior à apresentada, o homem tenha se alimentado de frutas e grãos que conseguiu coletar. Na hipótese de, nas próximas cenas, o tigre ser bem-sucedido e, posteriormente, servir de alimento aos abutres, tigre e abutres ocuparão, respectivamente, os níveis tróficos de:
A)produtor e consumidor primário.
B)consumidor primário e consumidor secundário.
C)consumidor secundário e consumidor terciário.
D)consumidor terciário e produtor.
E)consumidor secundário e consumidor primário.


10-( Unifor-CE) Considere a pirâmide de massa abaixo.
Com base nas informações que ela apresenta, pode-se afirmar que:


a) é necessária maior quantidade de massa no 1º nível trófico da cadeia alimentar para sustentar os outros níveis;
b) ao longo da cadeia alimentar, acumula-se energia;
c) corujas gastam mais energia no vôo do que ratos e texugos para se movimentarem em terra;
d) na cadeia alimentar a massa dos ratos é igual à dos texugos que se alimentam deles;
e) a massa de consumidores secundários é maior do que a de consumidores primários.

11-Os vaga-lumes machos e fêmeas emitem sinais luminosos para se atraírem para o acasalamento. O macho reconhece a fêmea de sua espécie e, atraído por ela, vai ao seu encontro. Porém, existe um tipo de vaga-lume, o Photuris, cuja fêmea engana e atrai os machos de outro tipo, o Photinus gênero. Quando o macho Photinus se aproxima da fêmea Photuris, muito maior que ele, é atacado e devorado por ela.
BERTOLDI, O. G.; VASCONCELLOS, J. R. Ciência & sociedade: a aventura da vida, a aventura da tecnologia. São Paulo: Scipione, 2000 (adaptado).

A relação descrita no texto, entre a fêmea do gênero Photuris e o macho do gênero Photinus, é um  exemplo de:

A)comensalismo.
B)inquilinismo.
C)cooperação.
D)predatismo.
E)mutualismo.

12-(UFC)A grande importância ecológica das algas planctônicas é devida ao fato de elas proporcionarem:
a) o equilíbrio da temperatura dos oceanos.b) a produção de oxigênio na Terra.
c) a ciclagem do nitrogênio nos oceanos.
d) o equilíbrio da salinidade dos oceanos.
e) o equilíbrio da temperatura na Terra.


13-(ENEM-2007) De acordo com a legislação brasileira, são tipos de água engarrafada que podem ser vendidos no comércio para o consumo humano: água mineral: água que, proveniente de fontes naturais ou captada artificialmente, possui composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas específicas, com características que lhe conferem ação medicamentosa; água potável de mesa: água que, proveniente de fontes naturais ou captada artificialmente, possui características que a tornam adequada ao consumo humano; água purificada adicionada de sais: água produzida artificialmente por meio da adição à água potável de sais de uso permitido, podendo ser gaseificada. Com base nessas informações, conclui-se que
a) os três tipos de água descritos na legislação são potáveis.
b) toda água engarrafada vendida no comércio é água mineral.
c)água purificada adicionada de sais é um produto natural encontrado em algumas fontes específicas.
d) a água potável de mesa é adequada para o consumo humano porque apresenta extensa flora bacteriana.
e) a legislação brasileira reconhece que todos os tipos de água têm ação medicamentosa.


14-) (ENEM-2007) Nos últimos 50 anos, as temperaturas de inverno na península antártica subiram quase 6 o C. Ao contrário do esperado, o aquecimento tem aumentado a precipitação de neve. Isso ocorre porque o gelo marinho, que forma um manto impermeável sobre o oceano, está derretendo devido à elevação de temperatura, o que permite que mais umidade escape para a atmosfera. Essa umidade cai na forma de neve. Logo depois de chegar a essa região, certa espécie de pingüins precisa de solos nus para construir seus ninhos de pedregulhos. Se a neve não derrete a tempo, eles põem seus ovos sobre ela. Quando a neve finalmente derrete, os ovos se encharcam de água e goram. Scientific American Brasil, ano 2, n.º 21, 2004, p.80 (com adaptações). A partir do texto acima, analise as seguintes afirmativas. I. O aumento da temperatura global interfere no ciclo da água na península antártica. II. O aquecimento global pode interferir no ciclo de vida de espécies típicas de região de clima polar. III. A existência de água em estado sólido constitui fator crucial para a manutenção da vida em alguns biomas. É correto o que se afirma
a) apenas em I.
b) apenas em II.
c)apenas em I e II.
d) apenas em II e III.
e) em I, II e III.

15-(Fuvest-1998) A maior parte do nitrogênio que compõe as moléculas orgânicas ingressa nos ecossistemas pela ação de:
a) algas marinhas.
b) animais.
c)bactérias.
d) fungos.
e) plantas terrestres.

16-(PUC - RJ-2008) Johanna Döbereiner foi uma pesquisadora pioneira no Brasil, que correlacionou a maior produção de biomassa vegetal em leguminosas com a presença de nódulos em suas raízes. Essas estruturas estão relacionadas a que processo abaixo descrito?
a) Denitrificação.
b) Fixação de N2.
c)Fixação do CO2
d) Respiração das raízes.
e) Amonificação.


17-(UNIFESP-2007) Para uma dieta rica em nitrogênio, é recomendado o consumo de certos alimentos, como o feijão e a soja. Isso, porque organismos ............................. vivem em uma relação de ....................... com essas plantas e promovem a ......................., fenômeno que consiste na .................................. no solo. Nesse texto, as lacunas devem ser completadas, respectivamente, por:
a) quimiossintetizantes … mutualismo … nitrificação … formação de nitratos
b) fotossintetizantes … mutualismo … nitrificação … degradação de nitratos
c)heterotróficos … mutualismo … desnitrificação … formação de nitratos
d) autotróficos … inquilinismo … desnitrificação … degradação de amônia
e) quimiossintetizantes … parasitismo … nitrificação … formação de nitritos


18-(UFSCar-2009) A prática da queima da palha da canade-açúcar para facilitar a colheita deve ser extinta no Estado de São Paulo, por causar danos ao meio ambiente. Estes danos estão diretamente relacionados com
a) o aumento de compostos nitrogenados no solo, como amônia e nitrato.
b) a redução na evaporação da água do solo.
c)o aumento da matéria orgânica na superfície do solo, provocado pela queima da matéria vegetal.
d) a redução da erosão na área, provocando o acúmulo de cinzas na superfície.
e) o aumento na concentração de gases tóxicos na atmosfera, provocado pela combustão da matéria orgânica.

19-(UFLA-2001) Considere os seguintes processos biológicos: I. dispersão de sementes II. decomposição III. polinização IV. evolução orgânica V. fixação biológica de N2 Contribuem para aumentar o teor de nitratos nos solos apenas:
a) I e II
b) II e V
c)IV e III
d) IV e V
e) II, IV e V


20- (UFPB-2006) As afirmativas, a seguir, sobre os ciclos biogeoquímicos apresentam lacunas que devem ser corretamente preenchidas. O processo de conversão de amônia em nitrato, denominado _____________, é o resultado da ação de dois grupos de bactérias do solo e é parte do ciclo do nitrogênio. O ciclo do _____________ é o único a ocorrer apenas através da via: solo água organismo organismo solo. A via de entrada do carbono no ciclo do carbono é a _____________. As lacunas são preenchidas, respectivamente, por:

a) nitrificação / nitrogênio / fixação
b) desnitrificação / nitrogênio / alimentação
c)fosforilação / carbono / respiração
d) nitrificação / fósforo / fotossíntese
e) fosforilação / carbono / alimentação 



Gabarito:
1-C
2-B
3-D
4-B
5-B
6-B
7-C
8-D
9-C
10-A
11-D
12-B
13-A
14-E
15-C
16-B
17-A
18-E
19-B
20-D







 



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Cientistas conseguem reverter leucemias em ratos utilizando manipulação genética.

  Um estudo publicado na revista Genes & Development diz que um determinado tipo de leucemia conseguiu ser potencialmente impedido de se desenvolver em ratos, por meio de manipulação genética. Revertendo o efeito do gene chamado Pax5, a doença entrou em estado de remissão. O gene é o mesmo responsável por permitir o desenvolvimento da leucemia linfoide aguda, ou LLA, tanto em ratos quanto em humanos. O Pax5 é um tipo de gene supressor de tumores, regulando a duplicação de células, o que pode inibir o surgimento de tipos de câncer e seus estados de metástase. Com o gene desativado, as células sanguíneas não se desenvolviam, dando origem à doença. A leucemia linfoide aguda ataca a medula óssea do paciente, fazendo com que esta produza linfócitos imaturos, incapazes de agir na defesa do organismo.

                                             Pesquisadores Dr Ross Dickins e Grace Liu
Foto:Walter and Eliza Hall Institute.

  Para investigar o papel do Pax5 na LLA, pesquisadores do Instituto Walter e Eliza Hall adotaram um método de reversão de genes chamado de “interferência do RNA”, suprimindo o efeito do gene na medula das cobaias. Sem o efeito do gene, todos os ratos desenvolveram LLA; em seguida, o gene foi reativado, e a doença entrou em estado de remissão. “Além de outras pequenas alterações genéticas, desativar o Pax5 fez com que células sanguíneas normais transformassem-se em células de leucemia; no entanto, reativar o gene fez com as células resumissem seu desenvolvimento normal, abandonando seu estado cancerígeno e efetivamente curando a leucemia. O intrigante está em perceber que apenas reestabelecer a ação do gene fora o suficiente para normalizar por completo a condição das células cancerígenas”, disse a líder da pesquisa, Grace Liu.
  A leucemia linfoide aguda é o câncer mais comum em crianças, sugerindo que a deficiência do gene seja uma mutação particular de cada paciente durante sua formação. Forçar a atuação do gene, por consequência forçando as células cancerígenas a voltar a seu estado saudável pode ser o princípio da criação de novos tratamentos, numa tentativa de evitar com que os pacientes sofram os fortes efeitos colaterais dos tratamentos atuais. “Ao entender os mecanismos com que o Pax5 age no desenvolvimento da leucemia, podemos começar a buscar maneiras de desenvolver drogas que tenham o mesmo efeito do gene”, concluiu o Dr. Ross Dickins, envolvido na pesquisa.


Fonte:http://www.iflscience.com/health-and-medicine/researchers-use-genetic-switch-reverse-leukemia-mice

sábado, 22 de agosto de 2015

Tecido mamário rígido em obesas pode elevar risco de câncer

Por: Jocelyn Kaiser


 A direita: tecido da mama de camundongos obesos tinha fibras colágenas mais reto do que o tecido de ratos magros, uma diferença que pode promover o crescimento do câncer.

  Há muito tempo se sabe que a obesidade torna as mulheres mais propensas ao câncer de mama, mas as razões não são claras. Agora pesquisadores descobriram que o tecido que envolve células do seio é mais “rígido” em ratos e mulheres obesos, e que essa diferença no tecido de roedores estimula o aumento de células cancerígenas. Para mulheres, o estudo aponta que perder peso pode remodelar o tecido de gordura e diminuir as chances de desenvolver câncer. Por outro lado, a prática cada vez maior de usar a gordura de mulheres obesas para cirurgia de reconstrução de seus seios pode apresentar um risco que tem sido negligenciado até agora.
  A obesidade é em geral associada ao câncer, mas a ligação com o câncer de mama é especialmente surpreendente: em um grande estudo recente, as mulheres mais acima do peso apresentaram 58% mais riscos do que mulheres com peso normal. Uma explicação é que tecido de gordura produz estrogênio que pode alimentar o crescimento de células cancerígenas no seio depois da menopausa, quando os ovários param de fabricar estrogênio. Mas os mecanismos da armação que envolve as células do seio — a matriz extracelular — também podem ter sua importância.
 Estudos recentes com ratos descobriram que uma matriz extracelular mais rígida desencadeia a produção de proteínas que promove o crescimento de células cancerígenas no seio. Isso pode ajudar a explicar porque mulheres com seios densos também apresentam maior risco de desenvolverem câncer de mama. Outros estudos mostraram que quando as pessoas se tornam obesas, seus tecidos de gordura tende a construir bolsos fibrosos, como cicatrizes.
  Esses estudos não examinaram diretamente se esses bolsos fibrosos afetam uma rigidez local do tecido do seio, e se essas mudanças levam a um crescimento do câncer. Para explorar essa questão, uma equipe liderada pela engenheira biomédica Claudia Fischbach, da Universidade de Cornell, primeiro mostrou que ratos obesos fêmeas, devido à genética ou a uma dieta com muita gordura, tinham mais camadas de gordura mamária com fibras mais lisas de colágeno do que aquelas vistas em ratos magros. Testes mecânicos mostraram que essas fibras mais lisas refletiam uma matriz extracelular mais dura entre células do seio. Os pesquisadores também descobriram um excesso de miofibroblastos, um tipo de célula envolvida em cicatrização de feridas que modela a estrutura de colágeno e outras proteínas da matriz. Quando a equipe de Cornell cultivou células cancerígenas de câncer humano de mama na matriz depositada por células derivadas da gordura de ratos obesos, as células de câncer aumentaram mais rápido do que fizeram na matriz das células de ratos mais magros.
  Os pesquisadores descobriram diferenças estruturais similares em biopsias em tecidos de gordura de seios de mulheres obesas e magras, relataram na Science Translational Medicine. Os resultados sugerem que os bolsos de matriz mais rígida extracelular em seios de mulheres obesas contribuem para o crescimento do tumor assim como câncer mais agressivos, diz Fischbach: “As pessoas sempre acham que tudo se trata de fatores solúveis, químicos. Essa interação também tem a ver com parâmetros físicos.”
  As notícias não são más: quando a equipe de Fischbach colocou ratos obesos numa dieta, seus tecidos mamários de gordura tinham menos miofibroblastos, sugerindo que a perda de peso poderia tornar a estrutura do tecido de gordura de uma mulher mais normal e diminuir seu risco de desenvolver câncer. Ao mesmo tempo, o estudo levanta questões sobre o uso da gordura de uma mulher de outra parte de seu corpo para reconstruir seus próprios seios depois de uma mastectomia. Tecido gorduroso de uma mulher obesa pode aumentar o risco de volta do tumor, sugere Fischbach.
  A bioquímica Valerie Weaver da Universidade da Califórnia, San Francisco, que conduziu estudos anteriores ligando a rigidez de tecidos ao crescimento do câncer de mama, diz que o relatório é “muito importante” porque descobre um novo mecanismo ligando a obesidade com o câncer de mama. Mamografias normalmente não conseguem detectar tecidos densos em mulheres obesas porque é escondido por células de gordura, diz Fischbach. Os pontos pequenos e localizados de tecido rígido encontrados no novo estudo não devem ser alcançados, ela acrescenta. Então novos métodos de detecção podem ser necessários para diagnosticar esses potenciais pontos quentes geradores de câncer.


Fonte: http://news.sciencemag.org/health/2015/08/stiff-breast-tissue-obese-women-may-raise-cancer-risk